segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Entra e sai; vai e vem: dialética




Estou aqui escrevendo para refazer minha última postagem.
Não sei mais se vida e felicidade caminham juntas. Vida é muito maior:
felicidade, sofrimento, ansiedade, dúvida, tristeza, alegria. 
Quando escrevi a postagem anterior, estava muito influenciado
pelo pensamento platônico idealista... "felicidade é questão de ser"...
será? 
Penso, hoje, que é impossível alcançar a felicidade plena e contínua. 
Isso não é um desencanto com o mundo... pelo contrário... é perceber
que vivemos muito mais num mundo de contingências que num de certezas.
O acaso, a ventura, a sorte... são muito mais fortes que nossos projetos, quereres
e desejos. 
Vida é vai e vem... é entra e sai.... é alto e baixo.... é luz e escuridão.... é ganhar e perder. 
Para isso, a força vem do processo, do aguentar ir, mas também saber voltar; do aguentar
a cair e depois subir humildemente; da consciência de perder mas depois saber ganhar; do
aguentar o fôlego embaixo d'água para depois respirar!

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A vida é isso aí








Hoje, ao ouvir a música "Vida", de Milton Nascimento e Fernando Brandt, me lembrei das respostas que dei quando me perguntaram "que é a vida?" e "que é felicidade?". Nunca essas perguntas vinham uma atrás da outra. E nas minhas respostas nunca relacionei vida e felicidade. Mas, hoje ao ouvir "Vida", despertou em mim um novo entendimento das duas.

Agora não sei ao certo até onde vai a vida e até onde vai a felicidade. A vida não é mais a atividade cotidiana, corriqueira. Pensar em vida é pensar em felicidade. VIDA. Felicidade não é querer, não é desejar, é ser. Mais que ser, é ser da própria vida. Afirmar a vida é ser feliz. Estar na vida é ser feliz.

Não penso mais em momentos de felicidade que tive e em momentos de felicidade que poderei ter. Tá na cara que a felicidade é a vida que eu levo. O jeito que me coloco diante das situações, os meus pensamentos, as amizades que fiz e que faço, os amores que fiz e que faço, a família que tive e que tenho... tudo isso é minha vida. Tudo isso é minha felicidade.

Que é a vida? É isso aqui. Que é a felicidade? É o que eu vivo.


"A lua trazia no vento
Meus filhos e minha mulher
Amigos chegavam dizendo
Que a vida é isso aí"


Ouçam a música e vejam a letra! http://letras.mus.br/milton-nascimento/1308400/

terça-feira, 3 de julho de 2012

Poema da madrugada


Sarapatel Carnavalesco

Quem terminou foi ela, no carnaval.
Mensageira natural dos ácidos naturais
No dadaísmo central de toda manhã
do amanhã que vou esquecer

Por que a moda pós-moderna?
Vou fazer uma moda de viola
Na passarela do cosmos universal
na modalidade do modo anti-modal

A tensão e o relaxamento tonal me enjoam
Por isso que vou dar a volta no trio
Silibrina pra cá, silbrina pra lá
amo-te no carnaval, mas não na natura de cá

Por isso, vou fazer novos baratos
O alecrim aqui, já já minha ferida sara
Com o sarapatel morfado das noites de quinta
o martelo não me transtorna


Poema produzido em conjunto por Fábio Lima, Vitor Matheus, Diego Matheus e Daniel de Farias.





quarta-feira, 27 de junho de 2012

Artigo "Nietzsche e a música Dionisíaca"




Depois de um ano e meio sem postar nada aqui, eis que disponibilizo o link para o download do meu último artigo (feito em 2011.2). Quando é sobre algo interessante, artigo é massa! Esse foi sobre música e Nietzsche. Rendeu-me boas leituras e importantes reflexões sobre arte, estética e música! Em breve, postarei algum outro artigo interessante. Adios!!!

http://www.4shared.com/office/wz6H4Gh3/artigo_nietzsche_pdf.html

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

seguir o caminho



quando se deseja seguir o desejado, algo irá mudar. as relações antes estabelecidas podem se configurar sob nova forma - a transformação. num relacionamento, o futuro das vidas pode ser extremamente conflitante e doloroso para os mundos envolvidos. deseja-se ir para onde? cada mundo quer se sentir bem - a satisfação. obviamente, há de se esperar divergências.


como seguir um rumo sem machucar o outro? como não ceder às vontades alheias sem pesar?


sair de casa é se aventurar? a ida. o rumo pro novo.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

tradição e contemporaneidade



Qual são as necessidades de petrificar algo? ------------------------

O medo pode ser uma delas. Mas medo de quÊ? A rotina, a conservação e o previsível é interesse de muita pessoas. Que tipo de p es sso as? Não. Essa pergunta não existe. Todas elas tem interesse nisso.
A questão é a intensidade ou o gosto. Umas tem muito mais interesse em tradicionalizar as estruturas, as culturas, os movimentos, os pensamentos, etc. Para elas, o novo é fóbico. Medo do novo?

Será que isso, realmente, tem nec essi dad e?
Por que manter? É verdade que há algo que se perde quando se muda. Mas e os ganhos? Eles podem ser, no contexto, muito mais úteis e prazerosos que as benesses pré-mudança.
Então, é medo do risco?

Ser do nosso tempo é arriscar. Isso é estar preparado para a mudança.
É saber que dói quebrar paradigmas, tradições.
É saber que as coisas não são tão seguras quanto par ec em ser.
Todos nós precisamos ter algo seguro. Algo de concreto. Um chão.

Seria, portanto, o medo de perder o chão?

Digam!




terça-feira, 26 de outubro de 2010

Tempo de nós




Anos de convívio e horas de encontros
nos fazem rir por minutos dos dias
em que rimos das nossas simples palavras sobre o mesmo objeto e sujeito que é nós.

Agora também tem riso.
Pedro fala dos meses bons em minutos
junto com as risadas Marcelas, a alegria do Eu e a referência do fá tatuado lá no sul.

As sucessivas formações do grupo vem à tona quando lembramos da maldita guerra, do centro do universo e da punheta dos Ostras. Mas, isso não foi tudo.
Sem o contato cotidiano e incessante a memória ficaria restrita aos acontecimentos.
Estamos falando é de outra coisa.

Para além dos encontros, além das músicas, além das brigas, além dos sustos...
Estamos falando, há muito tempo, é de amor.

Isso quando o tempo fica junto de nós...
nos breves segundos de devaneios em meio à gordura e música no rei do hambúrger.